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Polícia Federal investiga esquema de sonegação na Bahia com prejuízo de R$ 10 milhões
Operação visa desmantelar rede de fraudes fiscais que causaram grandes perdas ao governo
11/06/2024 07h49 Atualizada há 3 meses
Por: Redação
PF investiga esquema de sonegação na BA com prejuízo de R$ 10 milhões. Foto: Divulgação

Uma operação realizada pela Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (11), irá cumprir 10 mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Ilhéus, Itabuna, Poções, Arraial D'Ajuda e Porto Seguro para investigar um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. A Receita Federal identificou um prejuízo de R$ 10 milhões para os cofres públicos.

Segundo a investigação realizada pela Receita Federal, um grupo empresarial utilizava pelo menos três empresas do ramo de hortifrutigranjeiros e outras duas patrimoniais para criar um esquema de lavagem de dinheiro. O grupo operava por meio de empresas laranja e ocultavam a movimentação financeira utilizando as empresas e várias outras pessoas físicas.

PF investiga esquema de sonegação na BA com prejuízo de R$ 10 milhões. Foto: Divulgação

Ainda conforme a receita, as informações de cada empresa estavam em total "confusão patrimonial". Em outras palavras, todas atuavam no mesmo ramo, compartilhavam o mesmo endereço e as mesmas marcas comerciais. Juntas, as empresas de hortifrutigranjeiros promoviam um intenso fluxo de valores entre pessoas físicas e jurídicas que participavam do grupo econômico responsável pelo esquema criminoso.

O valor total dos prejuízos causados pelo esquema ainda está em apuração, mas o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a mais de R$ 100 milhões.

Investigados usaram o nome dos filhos para criar empresas de fachada

A Receita Federal descobriu ainda que o grupo econômico abriu empresas em nome dos filhos dos "verdadeiros" proprietários das empresas de hortifrutigranjeiros. Essas empresas não realizavam nenhuma atividade operacional, mas eram utilizadas para acumular um patrimônio expressivo.

PF investiga esquema de sonegação na BA com prejuízo de R$ 10 milhões. Foto: Divulgação

O patrimônio era constituído por imóveis adquiridos por meio de recursos estranhos às entidades de fiscalização e de pagamentos direto das empresas que constituíam o braço operacional do esquema