O governo brasileiro oficializou a remoção de seu embaixador de Israel Frederico Meyer, que havia retornado a Tel Aviv no último dia 24 depois de três meses no Brasil. Ele vai assumir o cargo de representante especial do país junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
“Assim, a representação brasileira em Israel fica sem um ministro de primeira classe. De acordo com fontes do Palácio do Planalto, tudo indica que Lula deixe a embaixada de Tel Aviv com um diplomata com nível hierárquico menor. Por enquanto, o comando fica com o encarregado de negócios no país, o ministro conselheiro Fábio Farias’’, informou o jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.
Relembre o caso - Diplomatas brasileiros avaliam que o embaixador Frederico Meyer foi alvo de uma “emboscada” por parte do governo israelense após ter sido convocado para prestar explicações sobre a declaração em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto. Em uma tentativa de intimidação, expuseram Meyer ao chanceler israelense falando em hebraico, sendo que Meyer não fala o idioma”.
Durante o encontro, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que o presidente Lula era “persona non grata” no país até que se retratasse das declarações. Além disso, Katz usou um microfone para expor ainda mais o diplomata brasileiro.
O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza.