Em uma entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o renomado economista Paulo Nogueira Batista Júnior abordou diversas questões cruciais da ordem internacional, com foco especial nos recentes ataques de Israel à Palestina.
Paulo Nogueira Batista Júnior destacou o declínio do peso do dólar nas transações comerciais e previu que esse processo continuará. Ele ressaltou que os BRICS estão unidos para criar alternativas a essa predominância do dólar, evidenciando uma busca por maior autonomia e diversificação econômica.
O economista alertou para a presença de representantes dos interesses imperiais em todos os países, evidenciando um jogo complexo de influências globais. Ele interpretou a reação do Ocidente ao massacre israelense na Palestina como um sintoma do enfraquecimento do Império, destacando o papel dos Estados Unidos como um enclave de Israel no hemisfério ocidental. "O rabo abana o cachorro", disse ele.
Nogueira Batista Júnior não hesitou em criticar Israel, afirmando que o país perdeu toda a credibilidade e passou a ser visto como um estado terrorista. Ele comparou a situação atual à Guerra do Vietnã, sugerindo um rápido declínio do Ocidente. O economista enfatizou que uma guerra circunscrita ao genocídio em Gaza pode ter consequências econômicas restritas, mas o custo político para o governo de Joe Biden está aumentando, levando-o a hesitar em suas ações.
Nogueira Batista Júnior observou a mudança na dinâmica da narrativa sobre Israel, destacando que a mídia tradicional não consegue mais dominar completamente a narrativa. Ele afirmou que acusações de antissemitismo contra críticos de Israel não têm mais o mesmo impacto do que no passado, refletindo uma maior conscientização sobre a complexidade da situação.
Lobby sionista – O economista criticou o lobby sionista no Brasil, apontando para o silêncio de muitos intelectuais em face dos acontecimentos em Israel, sugerindo que interesses econômicos podem estar influenciando a postura de algumas pessoas. Ele questionou por que o Brasil não adota uma postura mais firme, como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez ao chamar seu representante de volta.
Paulo Nogueira Batista Júnior concordou com o presidente Lula ao classificar os eventos como genocídio, criticando a acovardamento de muitos na esquerda diante da situação. Assista: