Desde então, a situação da companhia só piorou. Nesta semana, alguns conselheiros renunciaram e fizeram acusações contra os controladores da empresa. E não tem muito para onde fugir dessa tendência do setor. A Livraria Cultura também está enfrentando problemas similares e fechou neste ano sua unidade mais conhecida. No meio dessa crise generalizada, como uma empresa do segmento consegue resistir tão bem? E é aí que entra a Barnes & Noble! A Barnes é uma livraria varejista e uma das maiores dos EUA. Fundada em 1886, ela fazia o que sabia de melhor: vender livros. Porém, com o avanço do mundo digital, foi muito prejudicada. Com a Amazon dominando o varejo online, a B&N sofreu sete anos de queda na receita. Foram quase US$ 20 milhões perdidos e 1.800 funcionários demitidos. E a necessidade de transformar o seu modelo de negócio acabou ficando muito clara. A B&N apostou em novos produtos: brinquedos, cartões de aniversário e café. Não deu certo. Em meio a mais prejuízos, a companhia contratou um novo CEO, James Daunt. Daunt deu fim aos descontos nas lojas, negou incentivos feitos pelas editoras para vender livros que elas indicassem e deu foco para a criação de uma identidade forte para a rede. Imagine uma livraria onde apenas os melhores livros são colocados nas estantes, e onde os gerentes possuem a capacidade de selecionar os produtos com base nos gostos locais. A B&N virou um lugar onde você pode descobrir um excelente livro. Os compradores da Barnes & Noble vão em busca da experiência que é comprar um livro e, entre 2012 e 2022, foram abertas 16 novas livrarias da rede, com vendas se superando mês após mês. Resumindo: um CEO com visão, estratégia e que realmente entende do negócio pode ser fator decisivo para elevar ou enterrar uma empresa. Não esqueça disso! |