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A Justiça de São Paulo determina a falência da Coesa, empresa sucessora da OAS
A Justiça de São Paulo determina a falência da Coesa, empresa sucessora da OAS
28/06/2023 08h43 Atualizada há 1 ano
Por: Redação
Foto: Reprodução

A construtora é fruto de uma reestruturação da OAS, um dos principais alvos da Lava Jato

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a falência da Coesa, antiga construtora OAS, que chegou a ser considerada uma das maiores do ramo no Brasil. Segundo informações do portal UOL, no processo, é argumentado que a "correlação" entre a construtora Coesa e o Grupo OAS, citado como Grupo Metha, serviu "para enganar os credores", com dívidas chegando a R$ 4,49 bilhões. A ação foi protocolada pela Gerdau, uma das credoras da construtora.

O relator, o desembargador Grava Brazil, argumenta que o fato da OAS ter feito um pedido de recuperação judicial anterior impediu que um segundo pedido fosse feito agora. Além disso, é citado que houve descumprimento do primeiro plano de recuperação judicial. Ele destaca que o grupo de empresas que pleiteia a segunda recuperação judicial foi "desleal, de má-fé e serviu apenas para fraudar a lei".

Um procurador da república chegou a dizer, no chat da Lava Jato, que a OAS teria que "mijar sangue" para negociar delações premiadas. O fundador da empresa, César Mata Pires, morreu de infarto um ano depois. O herdeiro, César Mata Pires Filho, faleceu dois anos depois, em 2019. O presidente Lula foi acusado de ter recebido o "triplex do Guarujá" como propina da OAS em contrapartida de contrato da empreiteira com a Petrobrás. Mas Lula nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento. Em 22 de abril de 2021, o plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou a anulação das sentenças de Sérgio Moro contra Lula e considerou que Moro foi um juiz parcial no caso do triplex.

Fonte: Brasil247